Eu, Lixeiro. Poucas HQs nesse livro eu terminei de ler e no instante seguinte recomecei. Mas com “Eu, Lixeiro” assim que terminei me senti compelido a recomeçar de tão boa que eu achei a história.
Editora: Darkside
Páginas: 256 Ano: 2021
Publicada originalmente em: Trashed: a graphic novel / 2015
Um jovem, J.B., tranca a faculdade, volta a viver com a mãe e começa a trabalhar como lixeiro, simples assim. A história não vai ter um plot twist sensacional nem nada, vai apenas seguir a vida.
Além da história de JB que também tem uma pitada de autobiográfica já que o autor trabalhou como lixeiro ela também conta de uma forma muito interessante a “história do lixo” (ou sobre o descarte dele), o impacto de alguns itens (como fraldas descatáveis), a evolução dos caminhões de lixo, as usinas de reciclagem e o mais espantoso, os aterros sanitários. Mas grande parte da história é o dia a dia (em diversas situações, climas e temperaturas) que passa um lixeiro numa cidade no interior de Ohio e as pessoas excentricas que eles acabam cruzando durante o trabalho.
Uma das melhores coisas nessa HQ é que ela é trás uma leveza para história do jovem lixeiro e ela também é instrutiva quanto as praticas de descarte do lixo e como nós nos relacionamos com ele. J.B. apesar das dificuldades da profissão consegue levar tudo com muito bom humor (que me arrancou diversas risadas) mas sem esconder as dificuldades da profissão.
O Traço
Derf apresenta um estilo de desenho bruto e visceral que combina perfeitamente com a temática crua e realista da história. Ele utiliza um traço marcante e expressivo para retratar os personagens e os ambientes urbanos com uma autenticidade impressionante. Seus desenhos apresentam uma energia única, transmitindo a dureza da vida nas ruas e as experiências dos personagens de forma intensa. Seu traço é uma manifestação visual poderosa e complementa perfeitamente o impacto emocional da narrativa, tornando-a uma leitura memorável e impactante.
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