“O Morro dos Ventos Uivantes” foi publicado por Emily Brontë pela primeira vez há mais de cento e cinquenta anos, e no entanto se mantém como uma obra complexa e perturbadora. Único romance de Emily, publicado sob o pseudônimo de Ellis Bell, este livro chocou os críticos e leitores da época, que não sabiam bem como reagir à intensa carga emocional e aos personagens atormentados apresentados por Brontë.
O livro se passa no interior da Inglaterra no séc. XVIII e é narrado pela governanta Nelly, que conta a história dos Earnshaw e dos Linton, famílias vizinhas cujo destino se entrelaça. Heathcliff, o personagem principal, é um garoto adotado pelos Earnshaw, e que logo desenvolve uma ligação especial com sua irmã postiça, Catherine. A história acompanha o amor destrutivo de Heathcliff e Catherine, que segue até a vida adulta, rodeado de fatalidades. Heathcliff, o anti-herói, é um dos personagens mais fascinantes da literatura: um homem atormentado, egoísta e cruel, mas capaz de um amor que desafia até mesmo a morte.
Assim resumido, parece tratar de uma historinha de amor adolescente e melosa. Só parece. Os personagens criados por Emily Brontë são complexos e passionais, e despertam, ao mesmo tempo, amor e ódio no leitor. É uma história de obsessão, ódio, vingança e morte, que pode abalar algumas almas mais sensíveis, mas que fascina e fica na cabeça por muito tempo. Particularmente, é meu livro favorito, releio sempre que posso. Leiam e depois me digam se não é maravilhoso!!!!
Semana que vem falaremos sobre as adaptações de “O Morro dos Ventos Uivantes” para o cinema/TV e música.