Virgem Depois dos 30. Esse mangá foi uma incrível surpresa. Quando eu peguei para ler eu não sabia nada sobre ele, nada mesmo, me deixei surpreender. Até achei que era algo no estilo comédia, como o filme “O Virgem de 40 Anos”, mas não, o aviso na parte superior era sério, é um mangá documentário.
Autores: Atsuhiko Nakamura e Bargain Sakuraichi
Editora: Pipoca & Nanquim
Páginas: 239 Ano: 2019
Publicada originalmente em: Rupo Chuunen Doutei (2016)
Talvez pela minha espectativa ser diferente eu fiquei tão chocado e desconfortável com o primeiro capitulo e o primeiro entrevistado ter me causado tanto desconforto.
É incrível como outros paises no mundo tem problemas tão diferentes dos nossos.
Neste mangá acabei descobrindo diversos problemas da sociedade japonesa. A questão dos cuidadores de idosos, do distrito onde vivem os otakus e mesmo, a pressão da sociedade japonesa em relação ao casamento ainda jovem. Também percebemos que a questão da xenofobia que tem assolado o nosso planeta também é forte no Japão (em relação aos chineses e coreanos).
Conforme os capítulos iam passando, mais difícil ficava parar de ler, pois cada entrevistado trazia uma história mais surreal do que a outra.
No final de cada capitulo o autor trás um pequeno artigo que referencia a situação narrada, o que trás, em dados, uma realidade muito chocante, pois até aquele momento, poderia ser apenas uma versão ficcional da situação, mas quando você chega no artigo você entende a magnitude dos problemas paralelos que culminaram nas situações narradas que é muito mais do que simplesmente a virgindade.
O capítulo que achei mais interessante.
O 4 (que é dividio em duas partes) onde ele relata a vida dos moradores de Akihara, um centro de cultura otako onde vivem fãs de animês e idols e a vida deles nas share house.
O ultimo capítulo é bem surpreendente onde o autor, Nakamura, narra como ele teve contato com o tema, desempregado e trabalhando numa casa de repouso para idosos onde ele teve contato com o entrevistado do capítulo 1.